sexta-feira, 24 de junho de 2022

JUSTIÇA AGIU CERTO EM PERMITIR ABORTO EM CRIANÇA DE 11 ANOS QUE FOI ESTUPRADA.


Uma menina de 11 anos ainda não tem a formação completa das cavidades para se ter um bebê. Em uma linguagem bem baixa essa menina teve rasgado o seu corpo. O mais triste nisso tudo é que ao sofrer o estupro ela ficou grávida sendo apenas uma criança.
Mas uma vez os religiosos sem compaixão em “nome de Jesus” cercaram hospital, foram as redes sociais para gritar que ela tinha que ter o neném. Eu fico assistindo essas coisas e pensando: até onde vai a loucura “em nome de Jesus’? Precisamos ter o cuidado para não banalizar a vida, isto eu concordo, não sou a favor de aborto a esmo, mas quando se trata de uma criança estuprada de apenas 11 anos e que corre risco de vida se a gestação não foi interrompida sou a favor. Se formos analisar o evangelho a vida sempre vem antes e está acima de tudo. E se alguém, me criticar ao ler este texto deixo uma pergunta: E se fosse com sua filhinha de 11 anos? Se acaso sua resposta foi diferente do que você pensa da filha dos outros, então você não pensa justiça, você pensa justiça própria; o que é bem diferente.
Então se o assunto é tão fácil tenho algumas perguntas a fazer. Você mãe que tem uma filha adolescente, se por um acaso, sua filhinha viesse a ser violentada e se engravidasse como você pensaria neste caso? Esse filho seria uma dor em sua filha para o resto da vida, ela não tem o direito de abortar o que não foi do seu consenso ter? Para os que responderam que ela não pode abortar, então sugiro que você pai e você mãe aceite o genro estuprador, pois ele é o pai. Então os pais podem refutar o estuprador, mas a filha não pode se livrar do seu sêmen?
Se o filho põe em risco a vida da mãe não se deve preservar a mãe? Então em nome da ignorância dos evangélicos vão orar para Deus fazer o milagre, e corre o risco de se ter o milagre, ou de perder a vida de ambos. Vão dizer que é vontade de Deus, algo que poderia ser evitado?
Se divide opiniões não é caso para pessoas sábias se reuniram e fazerem um plebiscito, pontuando cada caso? Não é isto que a própria bíblia orienta? Quando não se reúnem para discutir um assunto como este o povo cai nestas argumentações.
Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança.
Provérbios 11:14
Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam.
Provérbios 15:22
Os mais radicais e ortodoxos vão me citar a lei de Moisés, pois saibam que até na lei mosaica se houve um plebiscito em favor das mulheres:
E chegaram as filhas de Zelofeade, filho de Hefer, filho de Gileade, filho de Maquir, filho de Manassés, entre as famílias de Manassés, filho de José; e estes são os nomes delas; Maalá, Noa, Hogla, Milca, e Tirza;
E apresentaram-se diante de Moisés, e diante de Eleazar, o sacerdote, e diante dos príncipes e de toda a congregação, à porta da tenda da congregação, dizendo:
Nosso pai morreu no deserto, e não estava entre os que se congregaram contra o Senhor no grupo de Coré; mas morreu no seu próprio pecado, e não teve filhos.
Por que se tiraria o nome de nosso pai do meio da sua família, porquanto não teve filhos? Dá-nos possessão entre os irmãos de nosso pai.
E Moisés levou a causa delas perante o Senhor.
E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
As filhas de Zelofeade falam o que é justo; certamente lhes darás possessão de herança entre os irmãos de seu pai; e a herança de seu pai farás passar a elas.
E falarás aos filhos de Israel, dizendo: Quando alguém morrer e não tiver filho, então fareis passar a sua herança à sua filha.
E, se não tiver filha, então a sua herança dareis a seus irmãos.
Porém, se não tiver irmãos, então dareis a sua herança aos irmãos de seu pai.
Números 27:1-10
Não estava havendo uma injustiça contra as mulheres pautada pela legislação de Moises? Sim estava. A ponto de o próprio Deus apoiar e responder a favor do plebiscito dessas cinco mulheres.
Nos dias de hoje, essas mulheres não estão sendo injustiçadas pela repressão dos evangélicos fundamentalistas? É errado propor um diálogo? Não foi o próprio Jesus que pediu para que andássemos uma milha a mais? A justiça autorizar não está pecando, apenas sendo vitima da ignorância dos fundamentalistas.
Nos tempo de Jesus havia muitos abortos, e Jesus tratou o assunto? Nem mesmo Jesus tratou de forma direta, será mesmos que os radicais têm uma resposta, para o assunto que nem mesmo Jesus se dirigiu de forma direta?
Não foi Ele mesmo que disse que mandaria o Espirito de Deus, para nos orientar? Não foi ele mesmo que disse para nos reunirmos e tomarmos diretrizes? E quando alguém toma uma diretriz focada no que o evangelho propõe deve ser visto com tanta indignação?
Não se pode banalizar o aborto, mas também não se pode banalizar a vida. A vida de uma criança de 11 anos deve ser estar acima dessas discussões.
Fernando Romero.
Pode ser uma imagem de ao ar livre

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