A parábola de Jesus mais difícil de explicar...
TEXTO: LUCAS 16.1-11
Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este
foi acusado perante ele de dissipar os seus bens.
EXPLICAÇÃO: Este homem esbanjava todo o dinheiro do seu
patrão. Ele cobrava valores de propina a mais, e fazia com este montante a
distribuição de bem ilícitos.
E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.
EXPLICAÇÃO: Este homem foi apanhado na sua esperteza e agora
teria que prestar conta de tudo. Ele foi achado em seu pecado.
E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o meu senhor me tira a mordomia? Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha.
EXPLICAÇÃO: Como foi apanhado, ficou envergonhado, e como
provavelmente tinha certa idade, não tinha como arrumar outro trabalho. Além de
que, todos sabiam da sua má reputação, de alguém que cobrava e esbanjava essas propinas.
Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.
EXPLICAÇÃO: Bate nele um estalo de esperança. Ele tem uma
idéia de como apaziguar a ira do seu patrão. Ele se arrepende e quer concertar
tudo, o que foi feito em propina indevidamente.
E, chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e assentando-te já, escreve cinqüenta.
Disse depois a outro: E tu, quanto deves? E ele respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta.
EXPLICAÇÃO: Na realidade ele não perdoou parte da divida, ele
apenas tirou o valor a mais que era a propina que ele lucrava. O valor cobrado
era de fato aquele o valor real, só que agora ele tira a mascara de si mesmo e
o jogo sujo por detrás das negociações. Ele procura andar em caminhos justos,
já que está chegando a hora de prestar contas da sua conduta.
E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.
EXPLICAÇÃO: Então o patrão louva a atitude daquele homem. Não
importa se ele roubou ou não, importa que se arrependeu e procurou voltar a fidelidade
da sua consciência e agir com coerência.
E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.
EXPLICAÇÃO: O que aquele homem fez foi fazer amigos com o
dinheiro da propina. Dos males este era o menor. Mas ele teria a oportunidade
de ser verdadeiro com seus amigos, ainda que eles fossem amizade de dinheiro
sujo.
Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto
no mínimo, também é injusto no muito.
Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeirAS
Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeirAS
APLICAÇÃO PESSOAL
Esta parábola de Jesus é sobre a gente. A propina do nosso
ser é tudo aquilo que é fantasia, que não é real. A propina e tudo aquilo que
de forma ilícita nos entregamos ao pecado que habita em nós. Estamos subornando
nosso ser. É aquilo que conseguimos pelo pecado.
Mas vai chegar o dia que teremos de prestar conta da nossa
vida a Jesus. E sabendo disso temos que ser como este homem, que aproveitou a
graça divina a ele dispensada e aproveitou para mudar de caminho. Devemos permitir
também que a graça de Deus nos persuada e nos convença a serem pessoas
melhores.
E aquelas amizades que foram feitas com a propina que saiu
do nosso ser, ou seja, amizades de prostituição, mentiras, devem agora enxergar
em nós a luz da verdade.
E se formos fiel no pouco do nosso ser, Deus então nos porá
no muito do nosso ser, a saber: um novo homem em Cristo-Jesus.
Devemos buscar em Deus nosso ser original, um ser sem
propina!
Fernando Romero.
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