quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A CONFUSÃO E A LOUCURA DAS LÌNGUAS ESTRANHAS



Texto baseado de 1 Coríntios 14:1-40

Este é um assunto que divide os pentecostais e as igrejas tradicionais. Uns defendem que temos que falar em línguas, e a outra escola defendem que este dom só era na época dos apóstolos.
Não quero defender nenhuma corrente teológica, mas, sim trazer de volta os ensinamentos que a bíblia nos deixou. Deus não aboliu o dom de línguas, mas, o seu mau uso traz escárnios à igreja. Então como devemos falar em línguas?
Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.
Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios.
Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação.
O que fala em língua desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja.

Paulo está ensinando que as línguas estranhas sem interpretação não tem proveito algum. Ele diz que todos podem falar, mas, desde que tenha quem interprete. Ele prefere que busquemos a profecia, pois, a profecia é dom de línguas + dom de interpretação: isso gera edificação para a igreja. Porque devo falar em línguas em uma pregação ou em um hino? Se for ter interpretação é bem vindo, caso o contrário, não traz nenhum fruto.
E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação.

Pregar o Evangelho, com palavras inteligíveis é muito mais proveitoso. O que edifica a igreja são a ciência e a revelação da palavra, e a doutrina.

E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, que vos aproveitaria, se não vos falasse ou por meio da revelação, ou da ciência, ou da profecia, ou da doutrina?
Do que adianta eu ouvir as línguas estranhas, senão tem quem interprete o que Deus está falando? Para nada adianta
Da mesma sorte, se as coisas inanimadas, que fazem som, seja flauta, seja cítara, não formarem sons distintos, como se conhecerá o que se toca com a flauta ou com a cítara?
Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?

A comparação de Paulo foi muito feliz quando ele diz que o soldado deve conhecer e distinguir os sons da trombeta para que ele se prepare para a batalha.  O que Paulo estava dizendo é que devemos saber o que está sendo falado nas línguas estranhas para que possamos nos preparar. Se isto não acontecer não passa de loucura e mau uso deste dom:

Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar.

Se ignorarmos a  interpretação é como se tivéssemos falando como índios  ( bárbaros) não tem sentido algum
Mas, se eu ignorar o sentido da voz, serei bárbaro para aquele a quem falo, e o que fala será bárbaro para mim
Quando formos buscarmos os dons do Espírito Santo devemos buscar para a edificação da igreja, e quem tem o dom de línguas deve buscar a interpretação. Se não temos ainda a interpretação então fale baixo, pois isto é o que nos está recomendado:
Por isso, o que fala em língua desconhecida, ore para que a possa interpretar.
Porque, se eu orar em língua desconhecida, o meu espírito ora bem, mas o meu entendimento fica sem fruto.  Assim também vós, como desejais dons espirituais, procurai abundar neles, para edificação da igreja.
Não é proibido falar em línguas ou cantar hinos espirituais (em línguas), desde que há já o entendimento, ou seja, a interpretação. Se não tem edificação para o meu próximo não tem proveito
Que farei, pois? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento.
De outra maneira, se tu bendisseres com o espírito, como dirá o que ocupa o lugar de indouto, o Amém, sobre a tua ação de graças, visto que não sabe o que dizes?
Porque realmente tu dás bem as graças, mas o outro não é edificado.
Paulo mesmo falava em línguas mais que todos.  Mas a recomendação é que devemos escolher as palavras inteligentes para edificar o corpo de Cristo. Mais vale uma pregação ou uma oratória sem línguas, do que falarmos muitas línguas estranhas sem interpretação
Dou graças ao meu Deus, porque falo mais línguas do que vós todos.
Todavia eu antes quero falar na igreja cinco palavras na minha própria inteligência, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em língua desconhecida.

Quem procede desta maneira, se porta com infantilidade, ainda não está na maturidade do que realmente é o evangelho de Jesus. Ele nos convida a crescer neste assunto e agirmos como adultos:
Irmãos, não sejais meninos no entendimento, mas sede meninos na malícia, e adultos no entendimento.
Muitas igrejas não crescem nos números de convertidos. Claro que há muitos motivos para isto, mas, um deles é escandalizar os visitantes com esta falação de línguas. Devemos corrigir os crentes como Paulo corrigiu da igreja de Coríntios, para que não pensem que estamos loucos:
Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?

Mais se alguém falar em línguas e interpretar, ou haver intérprete, ai sim os visitantes vão glorificar a Deus, pois saberão os mistérios que estão sendo falado, e eles mesmos vão dizer que Deus está entre a gente
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
E, portanto, os segredos do seu coração ficam manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós.
Observe que ele está priorizando quem profetiza, pois na profecia tem a interpretação. E isto glorifica a Deus. Então Paulo faz uma recomendação sobre como tem que ser o nosso culto prestado a Deus, tanto no individual como no coletivo;
Que fareis pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação.
E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete.
Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.
E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros; para que todos aprendam, e todos sejam consolados.

Hoje principalmente na maioria das igrejas pentecostais parece um bando de loucos falando línguas, pode até parecer uma igreja fervorosa, mas, não passa de um bando de gente que age como meninos na fé.

Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.
E se alguém está se sentido ofendido com as palavras de Paulo, ele deixa bem claro que isto é mandamentos do Senhor Jesus. O que mais Cristo deseja é uma igreja edificada e inteligente
Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor.
Ele pede pra não proibir falar em línguas, mas, desde que tenha interpretação. Se for de outra maneira, se torna indecência para aqueles que nos visitam. A pessoa entra na igreja para ouvir a palavra de Deus para se levantar e de repente se encontra em um lugar que ele sai mais vazio do que edificado. Do que adiantou este culto em prol dessa alma? Se ele não voltar mais, quem errou? O visitante ou os irmãos? Com certeza não foi o visitante.
 
Portanto, irmãos, procurai, com zelo, profetizar, e não proibais falar línguas.
Mas faça-se tudo decentemente e com ordem.

Fale desde que haja interpretação. Se não tem interpretação, fale baixinho, porque só está edificando você e não a igreja!
Mas, se alguém ignora isto, que ignore.

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