domingo, 4 de março de 2018

A POLITICA E A TEIA DE ARANHA NOS DIAS DE JESUS



Nos dias que Jesus esteve na terra de Israel, esta terra era dominada por Roma sob o comando de César, e Pilatos era quem representava César e todo o poderio de Roma em Jerusalém. O governo de Roma era cruel e impunha duros impostos sobre o povo judeu.

Além disso tinha as divisões políticas-religiosas dentre o povo Judeus que eram os Saduceus, Fariseus, Herodianos, Escribas e Essenênios, o que resultava em uma verdadeira guerra de ideologias e controle pelo poder.

ENTENDENDO ESSA TEIA DE ARANHA

O partido dos Saduceus era constituídos pela casta sacerdotal, eram os mais ricos, contendo todo o dinheiro do templo. O tráfico dos animais para os sacrifícios da lei era que gerava toda essa fonte de renda. Quando lhes era de interesse se juntava a Roma oferecendo dinheiro para manter favores ilícitos. Usavam da força da religião para comprar o poder politico.

Até quando Jesus ressuscitou os saduceus trataram de usar a corrupção para calar os soldados do império romano. Não interessava para os Saduceus outro Rei, no caso Jesus de Nazaré, por isso, tentavam a todo custo calar os guardas romanos:

E, quando iam, eis que alguns da guarda, chegando à cidade, anunciaram aos príncipes dos sacerdotes todas as coisas que haviam acontecido. E, congregados eles com os anciãos, e tomando conselho entre si, deram muito dinheiro aos soldados, dizendo: Dizei: Vieram de noite os seus discípulos e, dormindo nós, o furtaram.
E, se isto chegar a ser ouvido pelo presidente, nós o persuadiremos, e vos poremos em segurança.
E eles, recebendo o dinheiro, fizeram como estavam instruídos. E foi divulgado este dito entre os judeus, até ao dia de hoje.
Mateus 28:11-15



Os Fariseus eram uma classe religiosa e eram rivais dos saduceus, os fariseus eram a minoria, porém, gozavam de mais popularidade com o povo. E por desfrutar de mais popularidade geralmente conseguia convencer o saduceus. Enquanto os saduceus ocupavam mais os grandes cargos políticos os fariseus ocupavam as mais altas cadeiras religiosas.






Os Escribas e doutores formavam uma classe de profissionais, eram os copistas, e era uma profissão muito honrosa, eram eles os responsáveis por traduzir a torah e geralmente eram muito bem remunerados.

Os herodianos formavam mais um partido político do que um grupo religioso. Eram assim chamados por serem partidários assalariados da dinastia de Herodes. Herodes, o Grande, tentou romanizar a Palestina em sua época.

Já os Essênios eram um grupo de pessoas que por não concordar com a mistura religiosa-politica se separavam nos desertos para estudar a torah sem a influência dos sacerdotes, fariseus ou escriba, e excluía as mulheres dos assuntos da torah.

Tinham ainda os grupos dos Zelotes, que era a espécie de uma força militar, eram pessoas que queriam enfrentar Roma, mas, por não se equivaler das forças romanas esperavam um Rei que poderia tomar a frente dessa causa.


NESTE EMARANHADO DE FORÇA POLITICAS E RELIGIOSAS NASCE JESUS


É neste contexto que nasce Jesus, e o seu nascimento já causou medo em Herodes, a ponto de querer matá-lo ainda quando Jesus era um bebê. A verdade é que todos o grupos religiosos e políticos tentavam se fortalecer e a todo custo tentavam persuadir Jesus para fazer parte de seus respectivos clãs.

Mas o reino de Jesus, era o Reino do seu Pai, um reino em que a força da religião só serviria pra ser chamado de ‘fermento dos fariseus”. O  tráfico ilícito de enriquecimento dos animais de sacrifícios só prestaria para corrupção nos templos entre os sacerdotes, Jesus jamais compactuaria o seu reino com estas podridões.

A força de Herodes foi duramente atacada por Jesus:
Naquele mesmo dia chegaram uns fariseus, dizendo-lhe: Sai, e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te.
E respondeu-lhes: Ide, e dizei àquela raposa: Eis que eu expulso demônios, e efetuo curas, hoje e amanhã, e no terceiro dia sou consumado.
Lucas 13:31,32

Jesus empregou o termo “raposa”, este termo significava nos tempos de Jesus, que raposa era quem conseguiu de forma ilícita constituir sua política, que assim como a raposas são roedores de pequeno mamíferos, assim Herodes também se estabelecia “roendo” e minguando a força do povo judeu.
Já Roma era como uma grande ave que aninhou em Jerusalém, e de forma alguma, queria um outro reino para lhe fazer frente.

Jesus que no início de seu ministério tinham sido assediado por todas as classes era algo odiado por todos estes. Jesus era uma ameaça real, pois o povo o tinha como Rei, e Jesus escolheu ficar do lado dos pobres, das mulheres, dos rejeitados, portanto, não era interessante sob a ótica política ter um Rei que comandava um reino com tão pouca expressão.



MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO



Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.
Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus?
João 18:36-39

Jesus nos fascina com suas respostas e com suas posturas, pois, não foi persuadido por nenhuma classe política e religiosa, Ele não se vendeu, e fundou seu reino dentro dos corações das pessoas, onde a traça dos Saduceus e fariseus, e a ferrugem dos escribas, essênios e zelotes não poderiam roubar. Um reino que consegue fazer um homem nascer de novo e se tornar um homem regenerado por Deus.



Um Rei que foi capaz de abrir os olhos dos cegos, transformar a conduta da pessoas. Andou entre esses emaranhados políticos sem se contaminar e entre a religião sem se tornar um como eles. Inaugurou o seu reino e chamou a igreja (pessoas convertidas ao evangelho) como embaixadores deste reino.

Más, para as forças político-religiosas este Rei não servia. Então tomaram a decisão de unir-se. Os grupos eram rivais um dos outros, más, para eliminar Jesus, resolveram fazer política, no que culminou a morte de Jesus.

Porém, o Pai ressuscitou este Jesus, e Ele e tornou-o Rei dos reis, acima de qualquer teia de aranha dessas conspirações religiosas e políticas que fazem até hoje.
E os seus servos, seus súditos, cada vez cresce mais em cada canto da terra. E vai chegar o dia que Ele vai voltar, e tirar essas raposas, da face da terra, e Ele mesmo vai governar com toda justiça e equidade.

...Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus.
Apocalipse 22:20






Visite nosso canal no Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCtTQeWF5DHQb8Smnyfh22VA

Nenhum comentário:

Postar um comentário