domingo, 7 de fevereiro de 2021

NINGUÉM TEM SALVACÃO POR JUSTIÇA PRÓPRIA. O HOMEM QUE BATIA NO PEITO POR SE SENTIR TÃO PECADOR.


Dois homens subiram ao templo, para orar; um, fariseu, e o outro, publicano.
O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.
O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque qualquer que a si mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a si mesmo se humilha será exaltado.
Lucas 18:10-14
Havia dois cultos para expiar os pecados durante o dia, um era de manhã e o outro as 15hs, esta situação ocorreu em um desses horários. Neste ritual era sacrificado um cordeiro pelo amanhecer e outro semelhante na parte da tarde. A hora da queima do incenso era apropriada para as pessoas fazerem suas orações. A fumaça do sacrifício se elevava sobre o altar e a área do templo, sendo assim quem estava no templo se colocava diante desse altar com seu sacrifício a queimar. Uma pessoa impura tinha que ficar na porta oriental do templo, isto é, pro lado de fora.
É neste contexto que Jesus aplica esta parábola. O fariseu achava que conseguia a expiação por justiça própria. O costume do judeu era orar em voz alta, desta forma, ele está falando para todos ouvirem que ele não é como o publicano que é injusto, roubador e adúltero. Pessoas de justiça própria tocam trombetas de si mesmo. A primeira saraivada de ataques do fariseu contra seus companheiros de adoração revela mais de, si mesmo do que ele pretendesse, isto é, a oração na vida piedosa judaica, incluía expressões de agradecimentos, louvor a Deus por todos os seus dons, e petições referentes à necessidades do adorador. Este fariseu não faz nada disso, ele não agradece a Deus por suas dádivas, mas pelo contrário, se vangloria de sua justiça por esforço próprios. Pessoas assim nunca olham para Deus, apenas se comparam com quem julga pecador.
Em paradoxo a isto, temos este homem cobrador de impostos, quem se sente tão angustiado que bate no seu peito, pois se sente muito injusto, mas ele não olha para o fariseu, olha para dentro de si. Este gesto dramático de cerrar os punhos é do oriente médio, e faz isto quem sente uma grande angústia. Somente duas vezes vemos isto na bíblia a saber: este homem que hora muito angustiado e quando Jesus é crucificado a multidão bateu no peito de tanta angústia: E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos.
Lucas 23:48
A oração deste publicano mexe comigo, pois ele se sente indigno. A tradução da versão árabe diz que ele orou: “Deus! faze uma expiação por mim, um pecador.” Este publicano está ali na hora do sacrifício e impedido de entrar no altar, não quer ser visto sentindo sua indignidade de juntar-se aos participantes, em seu quebrantamento ele deseja faz parte de tudo aquilo e anela por querer justo.
Jesus disse que foi o publicano quem foi justificado na presença de Deus.
Isto significa que o amor de Deus é oferecido gratuitamente e não pode ser conseguido por esforços próprios, a justiça não vem pelo esforço humano. O fariseu orgulhoso das suas obras de mérito, não é justificado. Na parábola do servo ele trabalha mas não ganha merecimento, o homem rico observa os mandamentos mas não ganha a vida eterna. Na parábola do grande banquete os convivas são totalmente indignos de estarem presentes. E toda justificativa do doutor da lei de justificar a si mesmo é fracassada.
A salvação não vem de vós é dom de Deus.
Obs: informações tirada do livro PARÁBOLA DE LUCAS escrito por Kenneth Bayley.
Fernando Romero.

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