VOLTAR MUITO RÁPIDO DE UM MERGULHO DE UMA DOR DENTRO DE SI MESMO PODE SER PERIGOSO

A cura de uma dor tem que ser por etapas. Quando for curar uma pessoa que está em plena dor tudo começa por uma escuta atenta. Por isso as escrituras diz: “sede prontos para ouvir e tardio para falar”. Um processo de escuta pode levar meses ou anos. Evite mergulhar a pessoa muito profundo na sua dor e depois regressar a superficialidade rapidamente. Geralmente quando isso acontece você observa que a pessoa está em uma calmaria. Mas isso pode não ser real. Um exemplo claro é você observar um mergulhador profissional.

Um mergulhador ao regressar muito rápido de um mergulho é perigoso porque o nitrogénio absorvido pelo corpo sob pressão se transforma em bolhas de gás, que podem causar a doença de descompressão, obstruindo vasos sanguíneos e órgãos. A doença pode resultar em paralisia, danos neurológicos graves e até morte. Para evitar isto, é crucial subir lentamente e realizar paradas de segurança para permitir que o nitrogénio seja expelido de forma gradual através dos pulmões.

O mesmo perigo se repete na pessoa que sofre de angústias e dores profundas. Entre a volta repentina do mergulho e a calmaria podem estar “bolhas de nitrogênio”, e uma hora isso vai explodir ocasionando sérios danos para a pessoa.

O evangelho não é uma terapia mas contém elementos terapêuticos. Quem aconselha, deve tomar esse cuidado de oferecer uma cura paulatina. Ir e regressar aos poucos do ser de uma pessoa. Sua mensagem deve oferecer cura em vez de curativos. Não adianta por remendos novos em panos velhos, pois resultará em uma rasura bem maior.

As duas perguntas mais vitais de Jesus quando ia realizar um atendimento era fazer duas perguntas: “queres ficar são”? e “o que queres que eu te faça”? Parece ser a mesma pergunta, mas não é, a primeira é fazer o doente reconhecer que precisa de cura, e a segunda é te fazer confessar se você quer cura ou curativo. O que queres que eu faça? É você quem vai decidir se quer mudança na estrutura do pensamento, ou apenas curativos provisórios. Jesus nunca ofereceu curativos provisórios, portanto todo pregador deve seguir seu exemplo.

FernandoRomero