Nós somos as coisas que não são. Eu estou aqui porque fui chamado a existência. Ninguém se autodeterminou dizendo: eu serei. Nós estava na nossa volição existir. O Cordeiro foi imolado no nosso lugar antes da fundação do mundo. Antes de haver criação, havia essa dádiva dá misericórdia de Deus propulsionando todas as coisas na direção de serem, de existirem, tirando-as do absolutamente nada para a existência. Então o que tenho eu que não me tenha sido dado? Até o amor dele que gera meu amor por Ele como resposta, porque eu não consigo amá-lo de mim mesmo. Eu nunca amei a Deus primeiro. Eu sou sempre emulado e provocado pelo amor de Deus todo dia, pois minha natureza não é tendente a amá-lo e nem a amar a mais ninguém. É a graça de Deus que me favorece na direção daquilo que sou chamado para ser e não alcanço.
Então o que eu produzi? Não há um entendimento do evangelho que eu tenha alcançado por mim mesmo. Minha natureza é antítese do evangelho. Se eu não nascer de novo, o evangelho e eu não temos nada a ver. Sem a obra eterna, miraculosa, inexplicável do Espírito Santo gerando em mim desejos pelo evangelho eu desisto dele antes, mas é por ação divina que meu coração responde aí evangelho.
Deus nos dá tudo, nos ama, nos provoca e produz em nós até o desejo de querê-lo, porque nem o desejo de querê-lo nasce em nós. Tudo vem Dele. O único que nasceu querendo Deus foi aquele que quis Deus por mim e me salvou: É o Senhor Jesus! Eu quero Deus porque ele quis Deus por mim.
O salmista entendeu isto e expressou: “Que darei ao Senhor por todos os benefícios para comigo?”.
Livro: Caminho do Discípulo, vol 4, páginas 120,121 de CAIO FÁBIo
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