domingo, 8 de maio de 2022

O QUE SALVA O CASAMENTO É O “SIM, SIM. NÃO, NÃO”. O DESTRÓI O CASAMENTO É O SAGRADO.


Não jurem, não tornem nenhum vínculo de vocês sagrado, tornem o vínculo de vocês santos. Tornar o vínculo sagrado é jurar pelo céu, jurar pela terra, jurar pelo pai, pela mãe, jurar por Jerusalém, jurar pelo trono de Deus, jurar por Deus. Jesus está ensinando: deixem os ritos sagrados, que são também uma ilusão. Porque quem jura perante o sagrado também desjura perante o sagrado.
O sagrado o homem faz. O santo é! O sagrado o homem faz, o homem desfaz - o sacro, o ofício sacro, o sacro ofício, o sacrifício o homem cria e descria. O santo é!
Por isso, Jesus disse : com vocês não seja assim, não fiquem enfeitiçados pelo sagrado nem pelo juramentos do sagrado, vocês são chamados ao que é santo. Jesus ensina: em vez de vincularem as palavras de vocês aos ritos, ao sagrado, vinculem a consciência de vocês ao que é santo, ao que é “ sim; sim, não; não “, porque o que disso passar pode até ser sagrado, mas vem do maligno. O sagrado pode vir do maligno, porque frequentemente toma o lugar do que é santo.
O casamento só se mantém quando se desiste do sagrado, quando se desiste do casamento como sacramento, como ofício humano realizado diante de Deus e dos anjos, “ perante Jerusalém “, perante o altar sagrado. O que salva o casamento é o “ sim, sim, não, não”.
É o sagrado que faz o indivíduo pensar, um dia depois do casamento que agora tem uma escrava; é o sagrado que faz a mulher pensar que tem um provedor; é o sagrado que faz esses papéis se definirem com tanta fixides que o casal passa a brigar pelo cumprimento dos papéis e das funções: um se torna gerente do outro. É o sagrado que faz com que todas aquelas juras feitas no altar - eu juro, eu prometo - se transformem em obrigações tão grandes que a pessoa perde a espontaneidade do ser.
O sagrado faz a pessoa ficar cinquenta anos casada, o santo só faz a pessoa se casar se ela de fato tiver se casado com que se casou, se a alma tiver se casado na verdade com o outro. O santo é o que é; o sagrado é o que parece ser. O Evangelho é do santo, e não do sagrado. É daquilo que é segundo a reta justiça, e não daquilo que é segundo a aparência. Amor e fidelidade vem do santo é: o amor pode até encontrar outras evoluções, pode ir crescendo em outras coisas, mas ele não começa sem fidelidade de algum modo. que amor se estabelece sem a pedra fundamental da fidelidade?
Jesus está dizendo: que supostamente se desejam se tornar uma só carne, só é possível com a fidelidade, no “sim; sim, não; não”; o que passa disso torna maligna qualquer coisa, inclusive o casamento. E O princípio que nós é oferecido é o de Deus. Quem assim fizer, vai lidar com a verdade da vida, com os fatos - ou é ou não é, não vai ficar protegendo o sagrado, vai abraçar o santo. É essa a saúde do evangelho.
Eu não quero nenhuma fidelidade da minha mulher para comigo que seja fruto de qualquer compromisso em qualquer altar. Eu só quero se for fruto da consciência dela com Deus, com nosso amor e com o valor da vida. Do contrário, pode até cumprir papéis sagrados para as visibilidades dos olhares, mas não realiza nada santo diante do olho que vê, diante Daquele que olha com chamas de fogo e que enxerga a verdade do coração.
Livro: Caminho do Discípulo, vol 3, páginas 278-284 de CAIO FÁBIO .
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