quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

CAPITULO II: MISTÉRIO APÓS A MORTE ( continuação do livro)

lembrando que postarei um cap à cada dois dias! leia o cap II.

Cap II: A MORTE COMO ESTADO

O Éden era lindo... Tudo na obra da criação era lindo e durante muitos anos foi assim, até o dia em que o homem, a obra prima da criação, o orgulho do Arquiteto do universo, fez uma má escolha. Deus havia dado tudo a Adão: um lindo jardim para habitar, repleto dos mais belos rios, das mais fascinantes aves e animais. Havia tratado de sua solidão, ofertando-lhe Eva como esposa, e com ela tinha tido lindos filhos.
Porém, como Deus criara Adão como um ser pensante, ele tinha livre-arbítrio, bastava-lhe escolher bem, mas juntamente com Eva, escolheu mal.
Eles poderiam comer de tudo no jardim do Éden, salvo uma única restrição:

“e ordenou o Senhor dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Genesis 2.16,17

Era uma eleição entre Árvore da Vida x Árvore da Ciência do bem e do mal. Uma dava a vida e a outra resultava em morte, até então o ciclo da morte era visto como estado, ou seja, estado da morte. Ela sempre existiu, mas não tinha poder algum, não causava mal algum. Entretanto, Eva, ao ser enganada pela serpente comendo do fruto da árvore da ciência do bem e do mal juntamente com Adão, fez com que a morte saísse da condição de estado e passasse a ser mortal. Só bastava para Adão escolher a vida, mas escolheu a morte

porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Genesis 2.16,17

Com a desobediência, o homem liberta a morte da condição de estado e dá a ela o poder de matar... A morte agora se torna assassina da criação de Deus.

“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” Romanos 5.12

O sorriso do Arquiteto do mundo desaparece, o Criador agora está triste, pois o homem ativara o dispositivo da morte e concedera a ela o poder de matar. É como se o homem, ao comer deste fruto maldito se tornasse um suicida. A morte a partir desse momento de desobediência, ganhou poder para matar e, além disso, era usada como arma nas mãos de Satanás para destruir a criação de Deus, o veneno da serpente havia atingido com grande impacto a maior obra de arte do Criador do universo, não somente o homem, mas a fauna e a flora também passam a sentir o veneno da serpente... O Arquiteto do mundo tinha motivos inúmeros para entristecer-se.
A morte se beneficia de caminhos para matar, usa todas as armas que a desobediência de Adão e Eva lhe proporcionou: infartos, doenças cardiovasculares, pneumonia, acidentes, dentre outras. Não importa como, a cada segundo passado, a cada minuto nos aproximamos dela. O diabo tinha poder legal para matar, isto, até a morte de Jesus na cruz do Calvário, uma vez que o homem havia entregado a ele este poder ao desobedecer à voz de Deus.
O Criador do Universo agora precisava tomar uma decisão. Embora entristecido com a escolha do homem, o Senhor não deixaria de amá-lo. Todos os dias, ao findar-se a tarde, o Criador visitava Adão e sua família. Era um prazer para Deus poder se reunir com eles, mas desta vez, devido a desobediência do homem, não seria assim.
Deus desce do céu e procura Adão no jardim. Nota que tem algo diferente, pois Adão e Eva estão escondidos entre as folhas das árvores. O Criador do universo chora mais uma vez, estava decepcionado com a decisão do homem.

“E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e escondeu-se Adão e a sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus a Adão e disse-lhe: onde estás?” Genesis 3.8,9

E mediante a escolha do homem, Deus toma a decisão de tirá-los do jardim do Éden, não como uma punição, mas principalmente por amá-lo, ou seja, ao desobedecer, o homem estava agora em um estado pecaminoso, e uma vez estando nestas condições, se comesse do fruto da árvore da vida, eternizaria seu corpo no pecado, estaria para sempre na perdição, pois o fruto desta árvore é um fruto que eterniza quem come dele, se isto acontecesse nem mesmo o sacrifício de Cristo na cruz seria capaz de libertá-lo. E Deus o sabia, precisava evitar tal resultado. É então que toma sua decisão:

“... pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado, e, havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida”. Genesis 3.22,23,24

E ao tirá-los, o Criador do universo olha para o jardim, e pela primeira vez, desde sua criação, sente a vontade de dialogar com Adão e passar bons momentos juntos. Quantas vezes Deus tinha ouvido Adão e sua família relatar-lhe como tinha sido seu dia... Deus sente saudades disso e chora... (antropomorfismo)
Acima do jardim, Satanás gargalhava e festejava juntamente com o espírito da Morte. Ah... Enquanto isso, o Criador do universo olhava para tal situação, descontente, não era assim que imaginara viver com o homem, e ademais, com o pecado de Adão, a comunhão de Deus com o homem havia sido interrompida. As lágrimas escorriam pela face do Todo Poderoso, mas Deus na sua infinita misericórdia tinha um plano infalível para reverter essa situação.


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