sábado, 1 de dezembro de 2018

A PROPINA DO MEU SER, E O MEU SER SEM PROPINA.



A parábola de Jesus mais difícil de explicar...
TEXTO: LUCAS 16.1-11

Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens.
EXPLICAÇÃO: Este homem esbanjava todo o dinheiro do seu patrão. Ele cobrava valores de propina a mais, e fazia com este montante a distribuição de bem ilícitos.

E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.
EXPLICAÇÃO: Este homem foi apanhado na sua esperteza e agora teria que prestar conta de tudo. Ele foi achado em seu pecado.

E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o meu senhor me tira a mordomia? Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha.
EXPLICAÇÃO: Como foi apanhado, ficou envergonhado, e como provavelmente tinha certa idade, não tinha como arrumar outro trabalho. Além de que, todos sabiam da sua má reputação, de alguém que cobrava e esbanjava essas propinas.

Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.
EXPLICAÇÃO: Bate nele um estalo de esperança. Ele tem uma idéia de como apaziguar a ira do seu patrão. Ele se arrepende e quer concertar tudo, o que foi feito em propina indevidamente.

E, chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro: Quanto deves ao meu senhor?
E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e assentando-te já, escreve cinqüenta.
Disse depois a outro: E tu, quanto deves? E ele respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta.
EXPLICAÇÃO: Na realidade ele não perdoou parte da divida, ele apenas tirou o valor a mais que era a propina que ele lucrava. O valor cobrado era de fato aquele o valor real, só que agora ele tira a mascara de si mesmo e o jogo sujo por detrás das negociações. Ele procura andar em caminhos justos, já que está chegando a hora de prestar contas da sua conduta.

E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.
EXPLICAÇÃO: Então o patrão louva a atitude daquele homem. Não importa se ele roubou ou não, importa que  se arrependeu e procurou voltar a fidelidade da sua consciência e agir com coerência.

E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.
EXPLICAÇÃO: O que aquele homem fez foi fazer amigos com o dinheiro da propina. Dos males este era o menor. Mas ele teria a oportunidade de ser verdadeiro com seus amigos, ainda que eles fossem amizade de dinheiro sujo.
Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito.
Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeirAS


APLICAÇÃO PESSOAL

Esta parábola de Jesus é sobre a gente. A propina do nosso ser é tudo aquilo que é fantasia, que não é real. A propina e tudo aquilo que de forma ilícita nos entregamos ao pecado que habita em nós. Estamos subornando nosso ser. É aquilo que conseguimos pelo pecado.
Mas vai chegar o dia que teremos de prestar conta da nossa vida a Jesus. E sabendo disso temos que ser como este homem, que aproveitou a graça divina a ele dispensada e aproveitou para mudar de caminho. Devemos permitir também que a graça de Deus nos persuada e nos convença a serem pessoas melhores.
E aquelas amizades que foram feitas com a propina que saiu do nosso ser, ou seja, amizades de prostituição, mentiras, devem agora enxergar em nós a luz da verdade.
E se formos fiel no pouco do nosso ser, Deus então nos porá no muito do nosso ser, a saber: um novo homem em Cristo-Jesus.
Devemos buscar em Deus nosso ser original, um ser sem propina!

Fernando Romero.


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