segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

EXISTIR DÓI. GEMEMOS DENTRO DO CASULO ANTES DE SERMOS ABSOLVIDOS PELA VIDA.


Estamos certos de que, se esta nossa temporária habitação terrena em que vivemos for destruída, temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus, não construída por mãos humanas.
E por isso também gememos, desejando ser revestidos da nossa habitação, que é do céu; II CORÍNTIOS 5.1,2
Fomos chamados a existir. E existir dói. Dói porque nossa alma e espírito é atemporal, e pertencem a uma dimensão infinita sem barreira. Porém, por enquanto essa atemporidade está presa dentro de um casulo que o apóstolo Paulo chamou de tabernáculo ( se referindo ao nosso corpo). Uso propositalmente o termo casulo pois é como se nossa alma fosse uma lagarta que sofre fortes dores antes de romper o casulo e virar uma linda borboleta.
Somos essa “lagarta” que estamos gemendo a dor de existir presos no casulo, mas nossa alma conhece que é livre e por isso ela deseja ser revestida da habitação que é do céu.
Nosso espírito e alma é atemporal e por estar dentro de um corpo de pecado presos pelo tempo, se contorcem de dor. Nossa alma sofre várias epilepsias tentando romper essa prisão. É o atemporal preso no tempo. E esse antagonismo nos causa a dor de existir. Não somos nosso corpo terrestre, somos na verdade nosso espírito e alma. A nossa pessoa é a alma-espírito que isso fique bem claro. E clamamos dentro desse casulo querendo romper para sermos absolvidos pela vida:
enquanto estivermos residindo nesse tabernáculo, murmuramos e somos angustiados, pois não queremos ser despidos, mas sim revestidos da nossa casa celestial, para que aquilo que é mortal seja completamente absorvido pela vida. 5Ora, foi Deus mesmo quem nos preparou para isso, e concedeu-nos o Espírito como plena garantia do que está por vir. II CORÍNTIOS 5.4,5
Nossa ser sabe Deus. Sabe que estamos distantes de Deus neste casulo, e deseja voltar para Deus como diz o livro de Eclesiastes “ nosso espírito volta para Deus”, isto é, nossa pessoa:
Portanto, andamos sempre confiantes, cientes de que enquanto presentes nesse corpo, estamos distantes do Senhor. II CORÍNTIOS 5.6
Mas estamos nas mãos de Deus, e nas mãos de Deus o tempo tem seu tempo. E cada pessoa tem o seu tempo de ser edificado dentro desse casulo, é justamente nossas angústias que vai causar a metamorfose. Andar na direção da absorção da luz tem a ver com nosso envelhecimento natural. O corpo vai mostrando inevitáveis sinais do tempo, vai perdendo sua força física. Paulo chama este corpo de casa terrestre. Mas uma das verdades do evangelho é que um processo inverso acontece no nosso espirito com o passar dos anos. Nosso corpo envelhece, mas nosso espirito vai se renovando vai se tornando uma luz cada vez mais forte como uma luz da aurora até ser dia perfeito:
Portanto, não desanimamos! Ainda que o nosso exterior esteja se desgastando, o nosso interior está em plena renovação dia após dia. Pois as nossas aflições leves e passageiras estão produzindo para nós uma glória incomparável, de valor eterno. Sendo assim, fixamos nossos olhos, não naquilo que se pode enxergar, mas nos elementos que não são vistos; pois os visíveis são temporais, ao passo que os que não se vêem são eternos. A morada eterna do cristão. II corintos 4.16-18
Rompemos o casulo quando partimos.
O homem então se torna como no estado original: um espírito de luz. A transformação acontece dentro de nós.
Fernando.

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