A GRANDE MENTIRA: “ QUEM NÃO TEM A IGREJA COMO MÃE, NÃO TEM A DEUS COMO PAI E FORA DA IGREJA NÃO HÁ SALVAÇÃO”

Jesus preparou seus discípulos para serem apóstolos da sua igreja. E estes eram os responsáveis por levarem uma mensagem genuína assim como recebeu do Messias. Nos primeiros três séculos a igreja era composta por mulheres, escravos, crianças, pedreiros, soldados e mercadores. Eram as classes que o império Romano rejeitava, mas o evangelho favorecia estes desfavorecidos.
E este amor ao próximo começou a chamar a atenção dos imperadores romanos. Até os piores inimigos do cristianismo ficavam sem palavras, diante deste “ministério da misericórdia”, este foi o caso do apóstata imperador Juliano (r.361 a 363), que mesmo querendo eliminar o cristianismo para resgatar as antigas práticas cultuais de Roma, não resistiam a força do evangelho, não se podia negar que o amor cristão era altamente atraente. A mensagem da cruz então começou a ser alvo do ataque filosófico de romanos eruditos que considerava os cristãos como gentalha.

Mas muitos dos eruditos no final do século II, se converteram ao evangelho, e muitos letrados e escritores passaram a escrever e dar importância de como o evangelho crescia em todas as classes sociais, agora a mensagem de Jesus fazia adeptos entre a elite da sociedade, e, isto despertou a fúria do imperador Romano, que prestava culto uma vez ao ano clamando que Cézar era o Senhor. A mensagem dos cristãos ia na direção contrária afirmando que Jesus é o Senhor de todos.

Sendo assim, o império romano decidiu enfrentar o evangelho de Jesus, levantando bispos, e concentrando o culto no imperador. A regra agora imposta pelo império, era que todos poderiam ter suas religiões desde que essa fé não afetasse a ordem pública. Por causa do seu grande tamanho de acúmulos de culturas, crenças e povos, havia agora muita mistura de sincretismo religioso, e essa era a arma do império para barrar o crescimento da igreja de Jesus.

O império então empossa Cipriano, e este agora, muda o termo do significado de apóstolo e passa a pôr dúvidas nas cartas apostólicas. O termo Episkopos, entendido nas cartas apostólicas como quem cuidava e zelava pelas ovelhas do Senhor Jesus adquire mais um significado administrativo do que espiritual. “tornou-se aquele que vigia ou supervisiona os demais” ( 2014, pág.120). É Cipriano, quem passa a dizer que só se tem salvação se frequentar os templos, é ele o autor da frase: ““ quem não tem a igreja como mãe, não tem a deus como pai e fora da igreja não há salvação”.

Tudo isso para controlar as pessoas, e barrar o evangelho. Esta mentira que só há salvação nos templos, e que Deus só é nosso pai, quem tiver a igreja como mãe prossegue até hoje. É a grande maneira que a religião achou de ser um poder muito lucrativo na sociedade, baseada nesta inverdade de Cipriano, e pasme os senhores leitores, que tem muitos religiosos que usam esse engano para ludibriar as pessoas e exercer poder sobre elas.

Jesus nunca precisou de templos ou de cultos concentrados em bispos, para fazer discípulos. Assim como nos primeiros séculos, o evangelho só precisa de pessoas sinceras que amem o próximo e favoreça os desfavorecidos. Jesus não está preso em templos, e sua salvação está estendida a todos quantos crerem e segue seus mandamentos.

Fernando Romero
Ministro de Boas Novas.