domingo, 13 de agosto de 2023

O DUALISMO DA CRUZ

A cruz é dual. O dualismo carrega em si mesmo a tese e a antítese.
“Por isso todo conceito inclui o que deseja denominar, e exclui tudo quanto não possa enquadra-se nessa denominação. Esse dualismo é, portanto, fundamental à estrutura lógica da nossa mente, que é obrigada a abstrair, polarizando-se em oposto.”
Mário Ferreira dos Santos.
Dualismo é quando você tem que examinar o conceito oposto; exemplificando: quando você pensa no bem você pensa no mal, quando se fala em amor se tem o ódio.
Embora o contraste nasça junto, o negativo não se enquadra no positivo. Se pertecem mas não é qualificado para se enquadrar.
Pensando nisto, olhemos agora para a cruz. A cruz é o maior retrato do amor que temos na humanidade. Se na época da Cruz tivesse celular e tivessem feito uma selfie no maior palco de amor da história que foi a cruz vou lhes dizer qual foto sairia.
Apareceria Deus nu, quando Ele quis fazer pouse fez questão de ficar ficar entre dois ladrões. A essência dessa foto me diria: “ não me tire do meio dos desfavorecidos”.
Jesus sendo a expressão exata de Deus no dia que Ele quis elevar o amor ao ponto mais alto Ele se pendurou nu no madeiro entre duas pessoas que não mereciam o
Amor. Mas nesta selfie apareceria Jesus nos dizendo: “ coloca eles do meu lado, porque nessa foto do maior ato de amor da humanidade vai estar Eu e eles dois”.
A família não queria eles, a sociedade não queria eles, mas Jesus se pois entre eles crucificado e os quis. Nessa self apareceria o AMOR de Deus.
Mas onde está a dualismo da Cruz? Está no contraste que lhe pertence mas não se enquadra:
Na cruz estava a VIDA sendo derramada e a MORTE sendo aniquilada. Estava o AMOR de braços estendidos e o ÓDIO crucificado. Estava cravada a LEI DO PECADO, para dar lugar a LEI DO ESPÍRITO. Estava a DÍVIDA da humanidade para com Deus sendo rasgada, enquanto recebíamos SALDO.
Quem pratica a vida que recebeu da Cruz, passa por estes contrastes, mas não se perde nas antíteses, porque a nossa tese está no Cristo da Cruz.
Fernando

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