terça-feira, 7 de abril de 2015

CAPÍTULO 8 : O SEIO DE ABRAÃO




Em uma situação bem diferente, Lázaro estava sendo levado pelos anjos ao Seio de Abraão:
— Seja bem vindo Lázaro, este lugar foi preparado para todos aqueles que adquirem o selo a fé. Era Abraão o recebendo de braços abertos e com um sorriso.
— Este lugar foi preparado para mim?
— Sim, para você Lázaro
— Nossa! Que lugar lindo... Olha só essas pastagens, que verdinhas, é um tom de verde que não tem na terra. Olha essas águas, quão cristalinas são! São  tranqüilas. As águas formavam um colorido lindo e Lázaro se encantava com tudo aquilo.

“Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente às águas tranqüilas. Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor de seu nome” Salmos 23. 2,3

— Jamais poderia imaginar que um lugar assim fosse preparado para mim. Que paz sinto em minha alma, que gozo, que alegria! Aleluia!
Neste lugar não há espaço para lágrimas, tristezas não existem ali, somente alegrias. Lázaro dormia para o mundo dos viventes, e repousava em descanso.


CAPÍTULO IX: O PARAÍSO

Deus sabe como é a vida aqui na terra. O sofrimento que passamos, as dores e angústias que sentimos, as decepções que enfrentamos, as lágrimas de uma perda, a partida de quem amamos, as injustiças que sofremos, as vergonhas que somos obrigados a encarar frontalmente. Tudo isto por causa da escolha do homem, mas o Autor da vida colocou em nós um espírito e uma alma, essa sim excede os valores dos rubis, da prata e do ouro... Ela clama por Deus.
A vida é um dom que Deus deu para o homem, é algo lindo, como uma metamorfose. Observe um casulo. Dentro dele, existe uma lagarta, que fica esperando o tempo da natureza para poder sair de lá e se transformar numa linda borboleta. Contudo, antes de se tornar um belíssimo espetáculo natural, ela está guardada dentro de um casulo. Você não vê a borboleta, nem a lagartinha, simplesmente consegue enxergar o casulo.
Com o passar do tempo, ocorre uma metamorfose e o casulo se rompe... Ninguém mais se lembra do casulo, todos só querem saber da borboleta.
Assim também é o homem... Constituído de espírito, alma e corpo. O corpo é o casulo que esconde o espírito e a alma, já a alma e o espírito são as lagartas à espera da metamorfose.

“Por isso, não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente, não atentando nós nas coisas que se vêem, mas nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” II Coríntios 4.16-18

O homem exterior é esse casulo, mas o homem interior é alma e espírito e se renovam a cada dia. A cada prova que passa, a cada tribulação, o homem interior fica mais pronto para deixar seu casulo (seu corpo), e vai reluzindo como a luz de um dia perfeito.

“Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” Provérbios 4.18.                                                                                                                      

Para o homem, a perda de um ente querido é inexplicavelmente dolorosa, mas para o que partiu é o momento em que seu “homem interior” (a lagarta está se tornando uma borboleta para Deus) passa a habitar com Deus no paraíso, com o Autor da vida... Isso se a referida pessoa tiver o selo.
O paraíso é um lugar lindo: as ruas são de ouro puro e refinado, com a capacidade de reluzir a imagem de uma pessoa. Possui um jardim encantadoramente florido, cuja essência e inigualável perfume inebriam toda a cidade da Nova Jerusalém... Suas pétalas trocam de coloração a todo instante, causando uma maravilhosa sensação aos olhos de quem vê, como uma sorridente saudação de “bem-vindo” aos recém chegados, ou seja, aos que deixam a vida terrestre e herdam a vida eterna. Nesta cidade, onde jaz o paraíso, há uma praça, linda, do mais apurado gosto, a qual é cortada pelas águas do Rio da vida, cuja nascente se dá no trono do Cordeiro e vai desaguando por toda praça, saudando todos os novos moradores. Este rio é a alegria da Cidade de Deus.

“Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo” Salmos 46.3

“E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. No meio da sua praça e de uma e de outra banda do rio, estava a árvore da vida que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a saúde das nações.” Apocalipse 22.1,2,3

Bem ao centro do paraíso, está à árvore da vida, exibindo toda a beleza do seu verde, tendo suas raízes regadas pelas águas que emanam do trono de Deus, e, ao serem tocadas pelas águas, suas folhas ganham vida simultaneamente. É um belo jardim, com árvores de toda sorte. Seus galhos batem palmas ao serem regadas pelo rio que sai do Santuário do Santíssimo.

“E junto ao ribeiro, à sua margem, de uma e de outra banda, subirá toda sorte de árvore que dá fruto para se comer; não cairá a sua folha, nem perecerá o seu fruto; seus meses próprios produzirão novos frutos, porque as suas águas saem do santuário; e o seu fruto servirá de alimento, e a sua folha de remédio.” Ezequiel 47.12


Este ambiente chamado paraíso, não tem luz do sol, pois a sua claridade, é refletida pela glória que emana da face de Cristo, capaz de iluminar com perfeição nossa futura morada. Lá não tem dia e nem noite... Será dia perfeito por toda a eternidade.

“E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia, e reinarão para todo o sempre.” Apocalipse 22.1

As ruas desse lugar são adornadas pelo colorido das pedras preciosas: o topázio exibe sua beleza, a sardônica mostra todo seu encanto, os diamantes fazem reluzir a cidade, a turquesa se mistura ao ônix, o jaspe e a safira parecem dançar pelas ruas aumentando ainda mais o espetáculo. O tom esverdeado das pérolas enche os olhos de admiração dos que chegam para repousar ali, e o ouro absorve toda a glória do resplendor, e resplandece esta glória para todo o paraíso. Muitas vezes as pedras são afogueadas, o tom de brasas avermelhadas se mistura às demais pedras preciosas, deixando o paraíso ainda mais fascinante.
É algo lindo que nos espera, é a viagem mais aguardada por todos, mas estas moradias foram construídas somente para aqueles que têm o sinal da fé: o selo. O Arquiteto desse lugar maravilhoso é o próprio Cristo, cuidou de cada detalhe em especial.

“Na casa do meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também” João 14.2,3

Que privilégio é estar neste lugar, onde somente os que são selados pelo Espírito Santo de Deus podem estar. Quando um justo morre, faz uma viagem para uma outra vida, aguardando o tão esperado arrebatamento da igreja, e é neste lugar que ficam aguardando. E ainda são presenteados com os passeios dos anjos...
Algumas pessoas têm o privilégio de visitar esse lugar, mesmo não passando pelo processo da morte. É quando o Autor da Vida resolve presentear algumas pessoas com uma imagem deste lugar, dando-lhes uma visão ou transportando-os em espírito para lá, com o escopo de edificar a fé daqueles que esperam um dia adentrarem este lugar. Assim foi com Paulo, ao ser arrebatado para o terceiro céu.

“Em verdade que não convém gloriar-me; mas passarei as visões e revelações do Senhor. Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos (se no corpo, não sei; se fora do corpo, não sei; Deus o sabe), foi arrebatado até o terceiro céu. E sei que o tal homem (se no corpo, ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe) foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar.” II Coríntios 12.1-4

Assim foi também com Ezequiel quando viu os querubins de Deus, e o rio da vida, e com João quando estava na ilha de Patmos, quando recebeu a revelação do apocalipse.

“Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. E logo fui arrebatado em espírito...” Apocalipse 4.1,2

Deus até hoje concede esse privilégio para algumas pessoas.


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