A humanidade está enferma...
Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; ADOECI, E VISITASTES-ME; estive na prisão, e foste me ver.
Mateus 25:35,36
O interessante desta fala de Jesus é que para todas as implicações que ele fez tem uma resposta antagônica de imediato. Para os famintos se da comida, para os sedentos se da água, para o andarilho se da uma pousada. Mas quando Jesus fala dos enfermos ele apresenta a solidariedade e não a cura.
A razão disso é que a humanidade está enferma, só podemos fornecer aquilo que conquistamos: comida, água pousada. Nós somos enfermos desde a queda no Éden, Jesus então nos impele a sermos solidários, já que todos nós desfrutamos da mesma condição.
A saúde está no fato de nos abraçarmos, e reconhecermos que um precisa do outro. Pode ser que haja o milagre da cura, mas, isso pertence a Deus, o que foi exigido de nós é a prestação de serviço ao próximo.
Todos os milagres de Jesus foram precedidos pela solidariedade. Jesus era um homem solidário, os enfermos como o cego de Jericó, os leprosos, sabiam que podiam gritar seu nome ou ir até ele, que ia encontrar guarida.
Jesus ia à direção das prostitutas, pois, para ele não há acepção de pessoas. E ele não fazia acepção justamente por saber que todos padeciam da mesma enfermidade.
Mas qual enfermidade? O homem era um vinculo com o próximo no Eden, porém, após o pecado, o homem passa a se proteger do próximo, a usar o outro como escudo. Antes do pecado Adão disse de Eva: “Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne”.
Mas após o pecado, Adão disse de Eva: “A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi”. Desde então, o homem passa a usar o próximo como um escudo para esconder seus próprios erros. É difícil para o homem reconhecer que ele enfermos tanto quanto em relação aos demais.
Por isso, Jesus nos ensinou a nos solidarizarmos, pois ninguém tem condições de julgar ninguém, visto que todos nós pecamos e estávamos destituídos da glória de Deus.
Prestar solidariedade é reconhecer que todos nós somos um. Eu sou no meu próximo e ele é mim. O bem que faço a ele eu faço a mim mesmo.
ADOECI, E VISITASTES-ME
Fernando Romero.
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