quinta-feira, 2 de agosto de 2018

ANGUSTIA DE ALMA



TEXTO: Salmos 42

Geograficamente este salmo, foi escrito ao observar o sul do Jordão. O salmista observa um cervo a procura de água, o salmista se vê neste cervo.

Este salmo corre no chão do coração, e mostra o salmista com uma dor profunda de alma. Ele passa a observar um cervo sedento em busca de água. Manilhas de água corriam cerca de 50 centímetros por debaixo da terra. O cervo sentia que ali tinha água, e suspirava para matar sua sede. Assim estava o salmista, ele está sedento de Deus, mas tem barreira em seu coração.

“Assim como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!
A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?”

O salmista está tendo uma conversa com ele mesmo, ele está em uma angústia profunda. Seu alimento são suas suplicas, ele se vê miserável com sede de Deus. Ele se lembra de quando entrava nos templos e congregava, porém, está sem forças para retornar. Seu coração vai explodir na dor de uma depressão profunda. Ele busca novamente se chegar a Deus, mas, se vê sem forças.

“As minhas lágrimas servem-me de mantimento de dia e de noite, enquanto me dizem constantemente: Onde está o teu Deus?
Quando me lembro disto, dentro de mim derramo a minha alma; pois eu havia ido com a multidão. Fui com eles à casa de Deus, com voz de alegria e louvor, com a multidão que festejava.
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação da sua face”.

O salmista está no lado norte e as águas estão no sul de Israel separado por um grande abismo cheios de cachoeiras. Observando o cervo que tem medo de atravessar essas cataratas, o salmista se vê de igual forma. Sua alma está um abismo profundo separada de Deus, porém, as águas da fonte começam a desaguar e suas ondas vêm de encontro a ele. Agora o cervo que nada podia fazer, mata e sacia sua sede e se delicia nas águas. O salmista não tinha forças para ir até Deus, então Deus vem até ele, trazendo suas águas, seu balsamo, seu acalento, restauração etc.

“Ó meu Deus, dentro de mim a minha alma está abatida; por isso lembro-me de ti desde a terra do Jordão, e desde os hermonitas, desde o pequeno monte.
Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado sobre mim.”

Da mesma forma que o cervo, o salmista reconhece, que está vivo porque Deus veio até ele, às misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos. As lágrimas noturnas dão lugar para canções em seus lábios. Sua alma que era estéril agora se torna frutífera, pois Deus como um uma torrente vem de encontro a Ele.

“Contudo o Senhor mandará a sua misericórdia de dia, e de noite a sua canção estará comigo, uma oração ao Deus da minha vida”.

Ele mata sacia sua sede, ainda se sente esmagado com as cicatrizes na alma, mas, agora ele sabe que esperar em Deus é o melhor caminho. O mesmo Deus que veio até ele como numa torrente de água, começa a lutar suas lutas. Ele reconhece que Deus é a sua salvação então passa a louvar a Deus, em tudo.

“Direi a Deus, minha rocha: Por que te esqueceste de mim? Por que ando lamentando por causa da opressão do inimigo?
Com ferida mortal em meus ossos me afrontam os meus adversários, quando todo dia me dizem: Onde está o teu Deus?
Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face, e o meu Deus.”

Fernando Romero.

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