terça-feira, 21 de agosto de 2018

O PLEBISCITO DO ABORTO PROPOSTO POR MARINA



Não quero aqui discutir se deve votar em Marina Silva ou não. A proposta da discussão é tão somente o aborto. Marina propõe que se faça um plebiscito para resolver a questão. E isso divide as opiniões, e radicaliza uma afronta para a classe evangélica.
Então se o assunto é tão fácil tenho algumas perguntas a fazer. Você mãe que tem uma filha adolescente, se por um acaso, sua filhinha viesse a ser violentada e se engravidasse como você pensaria neste caso? Esse filho seria uma dor em sua filha para o resto da vida, ela não tem o direito de abortar o que não foi do seu consenso ter? Para os que responderam que ela não pode abortar, então sugiro que você pai e você mãe aceite o genro estuprador, pois ele é o pai. Então o pais podem refutar o estuprador, mas a filha não pode se livrar do seu sêmen?
Se o filho põe em risco a vida da mãe não se deve preservar a mãe? Então em nome da ignorância dos evangélicos vão orar para Deus fazer o milagre, e corre o risco de se ter o milagre, ou de perder a vida de ambos. Vão dizer que é vontade de Deus, algo que poderia er evitado?
Se divide opiniões não é caso para pessoas sábias se reuniram e fazerem um plebiscito, pontuando cada caso? Não é isto que a própria bíblia orienta? Quando não se reúnem para discutir um assunto como este o povo cai nestas argumentações.

Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança.
Provérbios 11:14

Quando não há conselhos os planos se dispersam, mas havendo muitos conselheiros eles se firmam.
Provérbios 15:22

Marina é criticada também por propor que essa moça que abortou tenha tratamento psicológico, mas em um caso deste uma adolescente não pode ser amparada pelo Estado? Não é dever de o Estado amparar?
Os opositores de Marina dizem que ela é a favor do aborto. Ela é a favor mesmo? Ou ela propõe diálogo para pontuar cada situação?
Os mais radicais e ortodoxos vão me citar a lei de Moisés, pois saibam que até na lei mosaica se houve um plebiscito em favor das mulheres:
E chegaram as filhas de Zelofeade, filho de Hefer, filho de Gileade, filho de Maquir, filho de Manassés, entre as famílias de Manassés, filho de José; e estes são os nomes delas; Maalá, Noa, Hogla, Milca, e Tirza;
E apresentaram-se diante de Moisés, e diante de Eleazar, o sacerdote, e diante dos príncipes e de toda a congregação, à porta da tenda da congregação, dizendo:
Nosso pai morreu no deserto, e não estava entre os que se congregaram contra o Senhor no grupo de Coré; mas morreu no seu próprio pecado, e não teve filhos.
Por que se tiraria o nome de nosso pai do meio da sua família, porquanto não teve filhos? Dá-nos possessão entre os irmãos de nosso pai.
E Moisés levou a causa delas perante o Senhor.
E falou o Senhor a Moisés, dizendo:
As filhas de Zelofeade falam o que é justo; certamente lhes darás possessão de herança entre os irmãos de seu pai; e a herança de seu pai farás passar a elas.
E falarás aos filhos de Israel, dizendo: Quando alguém morrer e não tiver filho, então fareis passar a sua herança à sua filha.
E, se não tiver filha, então a sua herança dareis a seus irmãos.
Porém, se não tiver irmãos, então dareis a sua herança aos irmãos de seu pai.
Números 27:1-10
Não estava havendo uma injustiça contra as mulheres pautada pela legislação de Moises? Sim estava. A ponto de o próprio Deus apoiar e responder favoralmente o plebiscito dessas cinco mulheres.
Nos dias de hoje, essas mulheres não estão sendo injustiçadas pela repressão dos evangélicos fundamentalistas? Propor um plebiscito e construiu uma via de diálogo parece-me ser um caminho muito bom para se chegar a denominador comum. É errado propor um diálogo? Não foi o próprio Jesus que pediu para que andássemos uma milha a mais? Marina andar uma milha mais está pecando? Ou sendo vitima da ignorância dos evangélicos?
Logo que não se deve abortar a esmo, como por uma brincadeira, mas a casos de difíceis resoluções.
Marina está mesmo errada? Ou as criticas é mais por rejeição politica?
Nos tempo de Jesus havia muitos abortos, e Jesus tratou o assunto? Nem mesmo Jesus tratou de forma direta, será mesmos que os radicais têm uma resposta, para o assunto que nem mesmo Jesus se dirigiu de forma direta?
Não foi Ele mesmo que disse que mandaria o Espirito de Deus, para nos orientar? Não foi ele mesmo que disse para nos reunirmos e tomarmos diretrizes? E quando alguém toma uma diretriz focada no que o evangelho propõe deve ser visto com tanta indignação?


Fernando Romero.

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